O recente anúncio da Hyperliquid sobre o lançamento de sua própria stablecoin, USDHL, marca um passo significativo na evolução da plataforma. Desenvolvida pela Native Markets, esta stablecoin já está registrando uma atividade substancial de negociação na Hyperliquid. Com um volume inicial superior a US$ 2 milhões, o lançamento da USDHL indica um forte interesse inicial da comunidade de traders. A introdução da USDHL surge em meio ao objetivo da Hyperliquid de reduzir sua dependência de stablecoins externas como USDC, refletindo uma mudança estratégica para fortalecer seu próprio ecossistema financeiro.
O que a USDHL oferece?
A USDHL, uma stablecoin atrelada ao dólar, é emitida nativamente na HyperEVM. Ela é lastreada por dinheiro e títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo. Essa arquitetura visa fortalecer o ambiente financeiro da Hyperliquid, retendo liquidez dentro da exchange. O benefício de possuir uma stablecoin própria é a capacidade de direcionar o rendimento obtido com as reservas da USDHL diretamente de volta ao ecossistema, dividido igualmente entre o financiamento de recompras de tokens HYPE e o apoio a várias iniciativas de crescimento do ecossistema.
Como a USDHL surgiu?
Na semana passada, a comunidade de validadores da Hyperliquid concluiu um processo competitivo de licitação para o ticker USDH. A Native Markets saiu vitoriosa contra propostas de grandes concorrentes, incluindo Paxos, Ethena e Frax. Esse resultado estabelece a base para os esforços da Hyperliquid em aprimorar suas ofertas de mercado e capturar valor dentro de seu ecossistema.
A USDHL mudará o cenário competitivo?
Listada na Hyperliquid, a USDHL começou a ser negociada com o par USDH/USDC a um valor próximo ao de paridade, de 1.001, com um volume de negociação substancial. A Hyperliquid, reconhecida como a principal exchange descentralizada de perpétuos on-chain do mundo, atualmente controla mais de 35% da atividade global. Apesar de ter perdido parte de sua participação de mercado, a Hyperliquid busca recuperar sua posição, que atingiu o pico de 70% em maio.
A empresa pretende reter liquidez e gerar rendimento internamente por meio da USDHL. A Hyperliquid reconhece a importância de oferecer sua própria stablecoin:
“Este passo fortalece nosso ecossistema ao reduzir a dependência de stablecoins externas de terceiros,”
afirmou um porta-voz da Hyperliquid.
Os esforços para impulsionar a autossuficiência do ecossistema são ressaltados pelo papel da USDHL, com o objetivo de manter a receita gerada dentro do próprio ecossistema. A emissão e integração nativas da USDHL sugerem intenções de aproveitar de forma eficiente os fluxos monetários internos. Em termos de implantação, a Hyperliquid valoriza a priorização de rotas de crescimento internas, minimizando dependências externas atreladas ao dólar.
“Metade da receita apoiará iniciativas de crescimento, fortalecendo nossos interesses estratégicos,”
destacou um representante da Native Markets. Além disso, a mudança significa um movimento claro para aprimorar as opções de liquidez internamente, mantendo o alinhamento com os interesses dos investidores.
O lançamento da USDHL na Hyperliquid ilustra uma evolução contínua dentro do espaço de finanças descentralizadas. Plataformas que emitem suas próprias stablecoins podem não ser novidade, mas ressaltam esforços crescentes em direção à autonomia e sustentabilidade financeira. À medida que as exchanges descentralizadas continuam a se adaptar, o foco no controle da alocação interna de recursos aumenta, refletindo tendências mais amplas em gestão estratégica de recursos e inovação. Na prática, o foco em manter a liquidez internamente enquanto se fornece financiamento para o crescimento representa desenvolvimentos-chave no cenário das finanças descentralizadas.