As sanções da UE podem parar o crescimento surpreendente da stablecoin apoiada pela Rússia?
A União Europeia está considerando sanções contra a A7A5, uma stablecoin lastreada em rublo que vem prosperando apesar das restrições dos EUA e do aumento do escrutínio legal. Suas origens pouco claras e rápido crescimento desafiam os reguladores globais que lutam para conter fluxos ilícitos de criptomoedas.
Novos relatórios afirmam que a União Europeia está considerando sanções contra a A7A5, uma stablecoin lastreada no rublo. A empresa foi ligada circunstancialmente à lavagem internacional de dinheiro, mas ainda há muitas perguntas sem resposta.
Enquanto isso, o token vem ganhando destaque apesar das sanções dos EUA, movimentando US$ 6 bilhões desde agosto. A A7A5 é agora a maior stablecoin não lastreada em dólar do mundo, e está conquistando espaços importantes na comunidade cripto.
Sanções contra a A7A5?
Desde que uma empresa do Quirguistão lançou a A7A5 há alguns meses, o ativo tem atraído muita controvérsia. Embora suas conexões diretas com o governo russo não sejam claras, a A7A5 apareceu em casos de lavagem internacional de dinheiro e suposta interferência eleitoral na Moldávia.
Nesse sentido, a União Europeia está considerando novas sanções contra a A7A5, algumas semanas após os EUA tomarem medidas semelhantes. No entanto, não está claro qual será a eficácia dessas ações.
Mesmo com o aumento da pressão legal dos principais mercados financeiros, o valor de mercado da A7A5 aumentou, tornando-se a maior stablecoin não lastreada em dólar do mundo:
A7A5 Market Cap (Self-Reported). Fonte: CoinMarketCap Crescimento de destaque no universo cripto
De fato, apesar da ameaça de sanções, a A7A5 vem conquistando diversos espaços na comunidade internacional de criptoativos. Recentemente, a empresa foi listada como patrocinadora platinum na TOKEN2049, uma importante conferência do setor.
Embora a reação da comunidade e o status jurídico questionável tenham levado os organizadores a revogarem sua designação de patrocinadora, a A7A5 ainda desempenhou um papel de destaque.
Além disso, temos um dado importante sobre a eficácia das sanções contra a A7A5, e ele não é animador.
Desde que as sanções dos EUA foram implementadas em agosto, o token movimentou cerca de US$ 6 bilhões a partir de carteiras na lista negra, demonstrando sua capacidade de manter operações normais.
Uma auditoria russa poderia ajudar?
Alguns analistas apontaram para uma auditoria que o Banco da Rússia realizará em sua indústria cripto no próximo ano. Existem alguns indícios que conectam a A7A5 ao Estado russo, mas nenhuma prova clara de envolvimento.
Se as sanções ocidentais não conseguem deter a A7A5, talvez seu suposto patrono possa levantar questões desconfortáveis.
No entanto, uma análise dos veículos de mídia russos mostra uma história diferente. Essa auditoria de 2026 se concentrará principalmente nas interações do TradFi com o Web3, incluindo investimentos e empréstimos para empresas de cripto.
Parece que essa medida não tem como objetivo auditar as próprias empresas de cripto.
Além disso, oficialmente, a A7A5 está sediada no Quirguistão, não na Rússia. Embora essa stablecoin seja lastreada pelo rublo e amplamente utilizada por empresas russas, essa questão jurisdicional pode servir como uma justificativa.
Se o Banco da Rússia não quiser descobrir e divulgar quaisquer inconsistências fiscais, ele tem motivos suficientes para não fazê-lo.
Em outras palavras, estamos em um labirinto de espelhos entre essas perguntas sem resposta, enquanto as técnicas de lavagem de dinheiro com criptoativos continuam evoluindo.
A União Europeia pode muito bem sancionar a A7A5, mas não está claro quão eficaz isso será. Essa stablecoin pode continuar facilitando transações ilícitas transfronteiriças no futuro próximo.
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