- O Indicador Buffett mostra uma supervalorização extrema nas ações.
- O mercado está mais supervalorizado do que durante as bolhas de 2001 e 2008.
- Sinaliza um risco crescente de uma grande correção.
Indicador Buffett atinge máximos históricos
O “Indicador Buffett”—um conhecido parâmetro para avaliar a valorização do mercado de ações—agora indica que o mercado de ações dos EUA está mais supervalorizado do que nunca, superando até mesmo os níveis vistos antes do crash da bolha das Dot-com em 2001 e da Crise Financeira de 2008.
Este indicador, popularizado pelo próprio Warren Buffett, compara a capitalização total de mercado das ações listadas publicamente com o PIB dos EUA. Quando a razão fica muito alta, é considerado um sinal de alerta, sugerindo que os preços de mercado se desvincularam dos fundamentos econômicos subjacentes.
Até o quarto trimestre de 2025, a razão disparou para um nível sem precedentes, gerando preocupação entre investidores, analistas e economistas.
Pior que 2001 e 2008?
Para colocar as coisas em perspectiva:
- Em 2001, a razão ficou em torno de 140%, pouco antes do estouro da bolha das Dot-com.
- Em 2008, atingiu cerca de 110%, pouco antes do colapso financeiro global.
- Hoje, está bem acima de 180%, marcando o maior descompasso de valorização da história moderna.
Isso sugere que, em termos macroeconômicos, as ações estão precificadas muito acima do que a economia real pode justificar. Embora as taxas de juros baixas, o hype de IA e o crescimento tecnológico tenham impulsionado a alta, muitos começam a questionar se estamos prestes a uma correção severa.
Cripto e ativos alternativos em foco
Para os investidores de cripto, esses dados podem ser altamente relevantes. Uma possível correção nos mercados tradicionais pode direcionar capital para ativos alternativos como Bitcoin, Ethereum e ouro, especialmente aqueles vistos como proteção contra riscos sistêmicos.
Ao mesmo tempo, o sentimento de aversão ao risco nas ações frequentemente se espalha para o mercado cripto durante quedas acentuadas, tornando a volatilidade um tema-chave a ser observado em ambos os mercados.