Envion: Solução móvel de mineração de criptomoedas com energia limpa
O whitepaper do Envion foi escrito e publicado pela equipe central do projeto entre o final de 2017 e início de 2018, com o objetivo de apresentar soluções inovadoras para os desafios de eficiência energética e descentralização na mineração de criptomoedas.
O tema do whitepaper do Envion gira em torno de "Envion (EVN) - A infraestrutura criptográfica autoexpansível mais lucrativa". O diferencial do Envion está no conceito de Unidades Móveis de Mineração (MMU), que permite a implantação de equipamentos de mineração diretamente em fontes locais de energia barata (especialmente renovável), viabilizando a mineração de criptomoedas de forma econômica e ecológica; o significado do Envion está em oferecer ao setor de mineração de criptomoedas uma solução sustentável e descentralizada, com o objetivo de devolver o controle do mercado aos usuários.
O propósito inicial do Envion era resolver o problema do consumo energético na mineração de criptomoedas e promover a descentralização do mercado de mineração. O ponto central do whitepaper do Envion é: ao combinar a flexibilidade das Unidades Móveis de Mineração (MMU) com o baixo custo das energias renováveis, é possível realizar mineração de criptomoedas eficiente, ecológica e com compartilhamento de lucros, proporcionando retornos crescentes e sustentáveis aos detentores dos tokens.
Resumo do whitepaper - Envion
Introdução ao projeto Envion
Pessoal, hoje vamos falar sobre um projeto blockchain chamado Envion (abreviado como EVN). No entanto, antes de nos aprofundarmos, preciso enfatizar que a história do Envion é cheia de controvérsias e problemas legais, e atualmente não é mais um projeto ativo ou em operação normal. Vou apresentar uma visão objetiva com base nas informações disponíveis, mas isso não constitui recomendação de investimento; por favor, mantenham-se atentos e pesquisem por conta própria.
O que é Envion (a proposta original)
Envion AG foi uma empresa germano-suíça fundada em 2017, cuja proposta inicial era construir "Unidades Móveis de Mineração" (Mobile Mining Units, MMUs). Você pode imaginar isso como mini data centers instalados em contêineres padrão, cheios de equipamentos de mineração. Essas unidades de mineração em contêineres poderiam ser implantadas de forma flexível em qualquer lugar do mundo, especialmente em locais com energia renovável barata (como solar ou hidrelétrica). O conceito central era aproveitar essas fontes de energia de baixo custo, que normalmente seriam desperdiçadas, para minerar criptomoedas, reduzindo o custo de mineração e o impacto ambiental. A ideia era tornar a mineração de criptomoedas mais ecológica e eficiente.
Em resumo, o Envion queria ser uma "fábrica móvel de mineração verde": onde houvesse energia limpa e barata, os equipamentos de mineração seriam levados para lá. Interessante, não é?
Visão do projeto e proposta de valor (não realizada)
A visão do Envion era, por meio das suas unidades móveis de mineração, descentralizar a mineração de criptomoedas e usar energia limpa para reduzir custos e a pegada de carbono. Eles afirmavam que, dessa forma, poderiam entregar 100% do lucro da mineração aos detentores dos tokens. 75% dos lucros seriam distribuídos semanalmente como dividendos aos detentores de tokens, e os 25% restantes seriam reinvestidos na compra de mais unidades móveis de mineração, visando crescimento exponencial dos lucros.
No entanto, essa visão promissora acabou não se concretizando.
Controvérsias e desfecho do projeto
O projeto Envion realizou uma Oferta Inicial de Moedas (ICO) entre o final de 2017 e início de 2018, arrecadando mais de US$ 100 milhões, sendo uma das maiores ICOs da época. Porém, logo após o fim da ICO, o projeto mergulhou em intensos conflitos internos entre os fundadores e o CEO, com acusações mútuas de emissão ilegal de tokens e desvio de fundos.
Mais grave ainda, a Autoridade Suíça de Supervisão do Mercado Financeiro (FINMA) iniciou uma investigação sobre o Envion em 2018 e, em 2019, declarou que a ICO foi ilegal. A FINMA considerou que o Envion aceitou mais de 90 milhões de francos suíços (cerca de US$ 90 milhões) em depósitos do público sem a licença bancária necessária, violando a lei bancária suíça. Por fim, em dezembro de 2018, o tribunal ordenou a liquidação da Envion AG, decretando o fracasso do projeto, que passou a ser considerado por muitos como um dos maiores golpes de ICO da história das criptomoedas.
Atualmente, o Envion (EVN) é considerado um projeto inativo, com atividade de negociação limitada e engajamento comunitário muito baixo, sendo visto por muitos como um projeto abandonado.
Informações sobre o token (retrospectiva histórica)
O símbolo do token do Envion é EVN, um token ERC20 baseado em Ethereum. Durante a ICO, o preço de emissão do EVN era cerca de US$ 0,7. O fornecimento total era de aproximadamente 127 milhões de EVN. O token foi concebido para ser usado como meio de pagamento dentro do ecossistema Envion, além de servir para staking e participação na governança, permitindo aos detentores influenciar o desenvolvimento da plataforma. No entanto, devido ao fracasso do projeto, essas funcionalidades nunca foram implementadas.
Alertas comuns de risco
O caso do Envion é um exemplo clássico de alerta sobre riscos em projetos de criptomoedas. Envolve os seguintes tipos de risco:
- Risco legal e regulatório: Falha em cumprir as leis financeiras locais, levando à classificação como ilegal pelas autoridades reguladoras.
- Risco operacional e de gestão: Conflitos internos graves e má gestão da equipe, impedindo o avanço do projeto.
- Risco econômico: O fracasso do projeto levou a uma queda acentuada no valor do token, causando grandes prejuízos aos investidores.
- Risco de fraude: Acusações de emissão ilegal de tokens e de enganar investidores.
Resumo do projeto
O projeto Envion (EVN) surgiu durante o boom das criptomoedas entre 2017 e 2018, com a proposta de unidades móveis de mineração e uso de energia limpa, o que era bastante atraente na época. No entanto, devido à má gestão interna, problemas legais e à classificação como ilegal pelas autoridades, o projeto acabou fracassando e sendo liquidado. Tornou-se um símbolo dos excessos da era das ICOs e deixou lições valiosas para projetos futuros e investidores do setor blockchain.
Pessoal, essa história mostra que, no universo das criptomoedas, mesmo os projetos com as melhores ideias precisam passar pelo teste das leis, da tecnologia e da equipe. Antes de investir em qualquer projeto, faça uma diligência completa: conheça o histórico, a equipe, a tecnologia, a conformidade legal e os riscos potenciais.
Para mais detalhes, pesquise por conta própria e lembre-se: o conteúdo acima não constitui recomendação de investimento.