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Trump estabelece linha vermelha da “obediência”: qual será o futuro da independência do Federal Reserve?

Trump estabelece linha vermelha da “obediência”: qual será o futuro da independência do Federal Reserve?

AIcoinAIcoin2025/12/24 07:21
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Por:AIcoin

O presidente dos Estados Unidos, Trump, traçou uma linha vermelha nas redes sociais: Qualquer pessoa que não concorde com a ideia de cortar as taxas de juros quando a economia estiver indo bem, nunca será presidente do Federal Reserve.

O confronto entre a Casa Branca e o Federal Reserve foi novamente intensificado devido à pressão direta de Trump. No dia 10 de dezembro, horário local, o Federal Reserve anunciou a redução da meta da taxa dos fundos federais em 25 pontos-base, para o intervalo de 3,5%-3,75%. Esta foi a terceira redução consecutiva de juros no ano, totalizando uma queda de 75 pontos-base.

No dia seguinte, dados divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 4,3% em termos anualizados no terceiro trimestre deste ano.

Diante do crescimento econômico acima do esperado e da continuidade dos cortes de juros, Trump criticou nas redes sociais: “No passado, quando havia boas notícias, o mercado subia. Agora, quando há boas notícias, o mercado cai, porque todos acham que as taxas de juros serão imediatamente aumentadas para lidar com a ‘potencial’ inflação.”

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1. Nova rodada de pressão

Desde o retorno de Trump à Casa Branca, o conflito entre ele e o Federal Reserve praticamente nunca cessou. Recentemente, essa disputa tornou-se ainda mais específica e aguda devido a uma notícia e a um dado econômico.

 Em 23 de dezembro, os dados preliminares divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA mostraram que o PIB dos EUA cresceu 4,3% em termos anualizados no terceiro trimestre deste ano. Esse número superou as expectativas da maioria dos economistas, mostrando que a economia dos EUA ainda mantém forte impulso de crescimento.

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 No dia seguinte à divulgação dos dados de crescimento econômico, Trump voltou a pressionar o Federal Reserve nas redes sociais. Ele espera que o Federal Reserve “reduza as taxas de juros quando o mercado estiver indo bem, em vez de destruir o mercado sem motivo”, e afirmou claramente: “Qualquer pessoa que não concorde comigo nunca será presidente do Federal Reserve!”

 Esta não é a primeira vez que Trump pressiona publicamente o Federal Reserve. Ele já criticou várias vezes o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, chamando-o de “péssimo” e ameaçando repetidamente demiti-lo. Trump acredita que Powell está cortando as taxas de juros devagar demais, o que não está de acordo com sua política de estimular o crescimento econômico por meio de juros baixos.

2. Níveis de pressão

A pressão de Trump sobre o Federal Reserve não é um impulso momentâneo, mas sim uma escalada gradual, formando um sistema completo de pressão política.

 A forma mais pública e direta é a pressão da opinião pública. Trump critica constantemente a política de juros do Federal Reserve por meio das redes sociais e declarações públicas. Ele afirmou várias vezes que, mesmo sem cortes de juros, os EUA vão bem, mas que, com cortes, o país irá ainda melhor.

 Um nível mais profundo é a estruturação de pessoal. Trump já declarou várias vezes que pretende romper com a tendência recente do mercado e está ansioso para nomear um presidente comprometido em reduzir o custo dos empréstimos. Segundo o Financial Times, Trump já reduziu a lista de candidatos a três ou quatro pessoas, incluindo o ex-diretor do Federal Reserve Kevin Warsh, o secretário do Tesouro Scott Besant, o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca Kevin Hassett e o diretor do Federal Reserve Christopher Waller.

 O passo mais radical é o desafio legal. Segundo o The New York Times, Trump chegou a redigir uma carta de demissão para o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Embora Trump tenha negado posteriormente, essa ação foi vista como o desafio mais direto à independência do Federal Reserve por parte de um presidente dos EUA na história.

3. Divergências políticas

O confronto entre a Casa Branca e o Federal Reserve provocou reações polarizadas no cenário político dos EUA, refletindo diretamente as profundas contradições dentro do sistema de governança econômica do país.

 Dentro do Partido Republicano, parlamentares responsáveis por assuntos financeiros e orçamentários demonstram clara cautela. O membro do Comitê Bancário, Thom Tillis, afirmou: “Acabar com a independência do Federal Reserve seria um grande erro”, e alertou que, se o presidente realmente fosse destituído, o Senado “responderia rapidamente”.

 Por outro lado, os democratas geralmente consideram essa ação prejudicial ao mecanismo de governança econômica dos EUA e à credibilidade internacional, sendo um sinal perigoso de “intervenção política nas finanças”. Vários senadores democratas afirmaram claramente que a atitude de Trump enfraqueceu a independência do Federal Reserve.

 Wall Street e o setor financeiro expressaram preocupação generalizada. Analistas de várias instituições financeiras acreditam que essa ação levará à volatilidade do mercado e pode causar preocupações dos investidores em relação ao dólar e ao crédito dos títulos do Tesouro dos EUA.

4. Dilema econômico

O dilema de decisão enfrentado atualmente pelo Federal Reserve decorre da coexistência de estagnação e inflação na economia dos EUA.

 O contraste entre forte crescimento e inflação persistente. O PIB dos EUA cresceu 4,3% no terceiro trimestre, mas a pressão inflacionária não diminuiu. O índice PCE, preferido pelo Federal Reserve, subiu 2,8% em setembro em relação ao ano anterior, um pouco abaixo do esperado, mas ainda bem acima da meta de 2%.

 Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho já mostra sinais de desaceleração. Em outubro, o número de demissões e rescisões nos EUA atingiu 1,854 milhão, o maior desde janeiro de 2023. Essa combinação de “queda no emprego + inflação persistente” colocou o Federal Reserve em um dilema entre “proteger o emprego” e “controlar a inflação”.

 O resultado da votação na última reunião de política monetária do Federal Reserve também reflete essa contradição interna. Dos 12 membros votantes, 9 apoiaram o corte de juros e 3 votaram contra, sendo a primeira vez desde setembro de 2019. Esse tipo de contradição “estagflacionária” testará os formuladores de políticas por um longo tempo. A postura de “esperar para ver” do Federal Reserve pode se tornar uma escolha comum entre os bancos centrais globais, e o atraso na resposta das políticas aumentará a volatilidade do mercado.

5. Disputa pela sucessão

Com o mandato de Powell terminando em maio de 2026, a disputa pela escolha do próximo presidente do Federal Reserve já começou silenciosamente.

Trump já reduziu a lista de candidatos a “três ou quatro pessoas”. Entre os muitos possíveis candidatos, alguns nomes-chave se destacam:

 Kevin Hassett, como diretor do Conselho Econômico Nacional, é o principal conselheiro econômico de Trump e apoia cortes de juros e política monetária expansionista.

 Kevin Warsh, ex-diretor do Federal Reserve, é considerado pela opinião pública como um “representante hawkish”, dando ênfase ao controle da inflação e à estabilidade financeira.

 Christopher Waller, atual diretor do Federal Reserve, tem uma postura política mais “pró-mercado”, sendo flexível entre aumento de juros e afrouxamento, e é visto como uma “opção intermediária”.

 Scott Besant, atual secretário do Tesouro, tem um estilo pró-mercado, defende taxas de juros flexíveis e coordenação fiscal, e já foi “escolhido a dedo” por Trump.

A seguir, uma comparação das posições políticas dos possíveis candidatos à presidência do Federal Reserve:

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Independentemente de quem seja finalmente indicado, o novo presidente enfrentará o enorme desafio de encontrar um equilíbrio entre pressão política e julgamento profissional.

 

O índice S&P 500 subiu pelo quarto dia consecutivo e atingiu uma nova máxima histórica após a divulgação dos dados do PIB. Essa reação do mercado contradiz o paradoxo de Trump de que “boas notícias são más notícias”, sugerindo que o mercado está se autorregulando.

No início de dezembro, Trump afirmou que já havia reduzido a lista de candidatos à presidência do Federal Reserve para “três ou quatro pessoas” e espera tomar uma decisão em breve, anunciando-a “nas próximas semanas”. Kevin Hassett e Kevin Warsh são considerados os favoritos para o cargo, enquanto Christopher Waller também foi entrevistado por Trump e elogiado.

 

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