A CFTC aprova Bitcoin, Ethereum e USDC como novas garantias financeiras
Os Estados Unidos dão um passo decisivo na integração das criptomoedas ao sistema financeiro tradicional. Caroline Pham, presidente interina da CFTC, acaba de autorizar o uso de bitcoin, Ethereum e USDC como garantia nos mercados de derivativos dos EUA. Uma decisão que pode redefinir as regras do jogo.
Em resumo
- A CFTC autoriza Bitcoin, Ethereum e USDC como garantia nos mercados de derivativos dos EUA.
- Este programa piloto lançado por Caroline Pham visa modernizar as infraestruturas financeiras mantendo um rigoroso quadro regulatório.
- Os corretores participantes deverão enviar relatórios semanais detalhados sobre os ativos digitais mantidos.
A CFTC admite Bitcoin e Ethereum como garantia
Caroline Pham, presidente interina da CFTC, revelou nesta segunda-feira seu “programa piloto de ativos digitais”.
Três criptomoedas fazem sua entrada oficial no arsenal de garantias aceitas: Bitcoin, Ethereum e a stablecoin USDC. Esta decisão marca uma ruptura com décadas de práticas financeiras tradicionais.
No entanto, o regulador impõe um quadro rigoroso. Os corretores de futuros deverão apresentar um relatório semanal detalhado dos ativos digitais depositados nas contas dos clientes. Eles também serão obrigados a relatar imediatamente qualquer falha técnica importante que afete essas garantias. A CFTC não brinca com segurança.
“Adotar inovação responsável garante que os mercados dos EUA permaneçam líderes globais“, declarou Pham. Por trás dessa frase institucional, esconde-se uma ambição clara: não deixar que Singapura, Dubai ou Hong Kong capturem a inovação financeira do século XXI. Os Estados Unidos querem permanecer na corrida.
Esta iniciativa estende uma abordagem iniciada em setembro passado com a ampliação das garantias tokenizadas. A CFTC avança de forma metódica, testando cada inovação antes de expandi-la. Uma abordagem pragmática que rompe com a estagnação regulatória dos anos anteriores.
Um ecossistema em plena mutação
Paul Grewal, diretor jurídico da Coinbase, não escondeu seu entusiasmo:
A decisão da CFTC confirma o que a indústria já sabia há muito tempo: stablecoins e ativos digitais permitem pagamentos mais rápidos, baratos e menos arriscados.
A exchange americana finalmente vê seus esforços de lobby darem frutos.
O regulador também retirou um antigo aviso que limitava a capacidade dos corretores de aceitar moedas virtuais. A lei GENIUS sobre stablecoins, aprovada neste verão, tornou essa restrição obsoleta. O quadro legislativo finalmente evolui no ritmo da inovação.
Este anúncio vem poucos dias após a autorização concedida à Bitnomial para oferecer produtos cripto à vista. A CFTC está multiplicando sinais positivos. Caroline Pham também lidera o “Crypto Sprint”, uma iniciativa que visa esclarecer rapidamente a regulamentação. Ela até cogita criar um laboratório de experimentação de ativos digitais.
Coinbase, Polymarket e Kalshi agora estão na lista de mercados regulados designados pela CFTC. Essas plataformas em breve poderão operar sob total supervisão federal, oferecendo aos investidores americanos uma alternativa às exchanges offshore. A mensagem é clara: os Estados Unidos querem trazer os volumes de volta para casa.
A CFTC redefine as regras do jogo financeiro. Ao aceitar Bitcoin, Ethereum e USDC como garantia, reconhece implicitamente sua maturidade e legitimidade. Esta decisão vai além da simples inovação técnica: reflete uma vontade política de abraçar as finanças digitais sem sacrificar a proteção do investidor. O equilíbrio permanece frágil, mas o sinal enviado aos mercados globais ressoa fortemente.
Aviso Legal: o conteúdo deste artigo reflete exclusivamente a opinião do autor e não representa a plataforma. Este artigo não deve servir como referência para a tomada de decisões de investimento.
Talvez também goste
Bitcoin Hash Ribbons emitem sinal de ‘compra’ em US$ 90 mil: o preço do BTC vai se recuperar?

O padrão de “bear flag” do Bitcoin aponta para US$ 67 mil enquanto a demanda à vista por BTC diminui

O ZEC da Zcash voltará a US$ 500 ou mais antes de 2026?

