Principais destaques:
O open interest da CME para SOL atingiu um recorde de US$ 2,16 bilhões, sinalizando forte atividade institucional.
Traders de varejo permanecem cautelosos após US$ 307 milhões em liquidações, mantendo a alavancagem contida.
Os ETPs de Solana ultrapassaram US$ 500 milhões em ativos sob gestão, reforçando as tendências de acumulação institucional.
Os futuros de Solana (SOL) entraram em uma fase crucial, com o open interest (OI) da Chicago Mercantile Exchange (CME) atingindo uma máxima histórica de US$ 2,16 bilhões, enquanto o preço da SOL se recuperou 23% para US$ 235, a partir de um fundo local em US$ 195 na sexta-feira. O momento foi notável, já que os volumes institucionais dispararam na CME após a SOL estabelecer seu fundo, demonstrando como os participantes do mercado estão se posicionando antes da decisão da SEC sobre o ETF de SOL em 10 de outubro.
A base anualizada da CME ficou em 16,37%, bem abaixo do pico de 35% em julho, refletindo otimismo, mas sem sentimento excessivamente aquecido. Em contraste, o OI impulsionado pelo varejo nas exchanges centralizadas permaneceu relativamente estável durante o rali, enquanto as taxas de financiamento pairam próximas da neutralidade.
Essa divergência sugere que, enquanto as instituições estão se posicionando de forma agressiva, o varejo permanece cauteloso, provavelmente devido aos US$ 307 milhões em liquidações em 22 de setembro, quando US$ 250 milhões em posições long foram eliminados. Os traders parecem relutantes em seguir o momentum, deixando o mercado menos propenso à volatilidade causada por excesso de alavancagem.
De uma perspectiva estrutural, isso cria um cenário equilibrado, porém otimista. As instituições estão construindo posições com convicção, enquanto a hesitação do varejo ajuda a evitar o acúmulo de euforia. Com os volumes da CME disparando no ponto mais baixo da SOL, os dados indicam que está ocorrendo acumulação por mãos mais fortes, em vez de posições especulativas de exaustão.
Ao mesmo tempo, os fluxos para produtos negociados em bolsa (ETPs) de Solana reforçaram o apetite institucional. O fluxo líquido total dos ETPs de Solana ultrapassou US$ 500 milhões em ativos sob gestão esta semana, liderado pelo Solana Staking ETF (SSK) da REXShares, que superou US$ 400 milhões, enquanto o Bitwise Solana Staking ETP (BSOL) ultrapassou US$ 100 milhões em ativos sob gestão. Esse marco destacou tanto o rápido crescimento do BSOL e do SSK desde o lançamento quanto a adoção acelerada de veículos regulados para exposição à Solana.
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Cenários de preço de SOL no curto prazo: rali ou correção?
O caminho de curto prazo para SOL depende do retorno da confiança do varejo. No lado negativo, uma retração para US$ 218 a US$ 210 não comprometeria a estrutura otimista mais ampla, pois testaria uma fair value gap (FVG) no gráfico de quatro horas e retestaria a média móvel exponencial (EMA) de 200 períodos.
O heatmap de liquidações também destacou que um denso cluster de liquidez de mais de US$ 200 milhões estava entre US$ 220 e US$ 200, o que pode atuar como um ímã de preço. Uma correção para essa zona pode servir como um saudável fundo mais alto, mantendo a estrutura de mercado otimista enquanto elimina os entrantes tardios.
No lado positivo, um avanço decisivo acima de US$ 245 a US$ 250 sinalizaria força, potencialmente levando a SOL para suas máximas históricas próximas de US$ 290. Dado o fluxo institucional, esse cenário ganha força se a especulação sobre o ETF permanecer como narrativa dominante.
Em ambos os casos, a ausência de alavancagem agressiva do varejo trabalha a favor da SOL, reduzindo o risco de quedas acentuadas por liquidações em cascata. Quanto mais as instituições continuarem a ancorar o crescimento do OI na CME, mais provável é que qualquer correção seja superficial em vez de quebrar a tendência.
Por enquanto, os futuros de SOL pintam o quadro de um mercado em transição do medo para a acumulação cautelosa, com as instituições liderando o movimento.
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